terça-feira, 4 de março de 2014

Lição 10: As Leis Civis entregues por Moisés aos Israelitas



Êxodo 20.22-23.33

extraído do Comentário Bíblico Matthew Henry

CAPÍTULO 20

Versículos 22-26

Tendo entrado na densa escuridão, Deus falou a Moisés de todo o que se segue daqui até o final do capítulo 23, e é, em sua maior parte, unicamente exposição dos Dez Mandamentos. As leis destes versículos se relacionam com a adoração de Deus. os israelitas recebem a certeza da bondosa aceitação de suas devoções por parte de Deus. sob o evangelho, os homens são convidados a que orem em todo lugar, e onde quer que o povo de Deus se reúna em seu nome para adorá-lo, Ele está no meio deles; ali Ele estará com eles e os abençoará.

CAPÍTULO 21

    • Versículos 1-11               Leis sobre os servos
    • Versículos 12-21             Leis judiciais
    • Versículos 22-36             Leis judiciais

Versículos 1-11

As leis deste capítulo se relacionam com os mandamentos quinto e sexto e, embora difiram de nossa época e costume, e não sejam obrigatórios para nós, explicam, contudo, a lei moral e as regras da justiça natural.


O escravo, em seu estado de servidão, era um símbolo do estado de escravidão ao pecado, a Satanás e à lei, estado ao que o homem ingressa por roubar a glória de Deus, por transgredir seus preceitos. Igualmente receber a liberdade era símbolo da liberdade com a qual Cristo, o Filho de Deus, liberta seu povo da escravidão, que é verdadeiramente livre; isto o fez gratuitamente, sem dinheiro e sem preço, por pura graça.
Versículos 12-21
Deus, que por sua providência dá e conserva a vida, por sua lei a protege. Um homicida intencionado deve ser eliminado, embora se aferre às pontas do altar de Deus. Apesar disso, Deus proveu cidades de refúgio para proteção dos que tivessem a desgraça de causar a morte de outro, sem que fosse sua culpa; como quando por acidente, o homem realiza um ato legítimo, sem a intenção de ferir, e mata a outro.
Que as crianças escutem a sentença da Palavra de Deus para com o ingrato e desobediente; e que lembrem que Deus certamente lhes dará sua retribuição se tiverem amaldiçoado a seus pais, embora tenha sido em silêncio, ou se tiverem levantado a mão contra eles, salvo que se arrependam e fujam a buscar refúgio em seu Salvador. Que os pais aprendam daqui a serem muito cuidadosos na formação de seus filhos, dando-lhes um bom exemplo, especialmente no controle de suas paixões, e ao orar por eles, tendo cuidado de não provocá-los a ira.
Às vezes os israelitas se vendiam eles mesmos ou seus filhos, devido à pobreza; os magistrados vendiam a algumas pessoas por seus delitos e os credores tinham permissão, em alguns casos, para vender seus devedores que não podiam pagar. Mas "seqüestrar um homem" com o objeto de forçá-lo à escravidão, é algo que o Novo Testamento cataloga junto com os delitos mais graves.
Aqui se cuida que se dê satisfação pelo dano feito a uma pessoa, mas não com seguimento de morte. O evangelho ensina aos amos a terem paciência e a moderar suas ameaças (Ef 6.9), refletindo com Jó: "Que faria eu quando Deus se levantar?" (Jó 31.13-14).

Versículos 22-36

Os casos aqui mencionados dão regras de justiça vigentes, então e agora, para decidir assuntos similares. Estas leis nos ensinam que devemos ser muito cuidadosos de não fazermos mal algum, seja direta ou indiretamente. Se fizermos mal, devemos estar muito dispostos a remediá-lo, e estar desejosos de que ninguém perca por nossa culpa.

CAPÍTULO 22

    Leis judiciais

O Povo de Deus sempre estará pronto para mostrar mansidão e misericórdia, conforme com o espírito destas leis. Devemos responder a Deus não só pelo que fazemos maliciosamente, senão pelo que fazemos despreocupadamente. Portanto, quando tivermos prejudicado a nosso próximo, devemos fazer restituição, embora não sejamos obrigados pela lei. Que estas escrituras dirijam nossa alma para lembrar que se a graça de Deus se tem manifestado em verdade a nós, então nos tem ensinado e capacitado para conduzir-nos de modo tal por seu santo poder que, renunciando à impiedade e aos desejos mundanos, vivamos neste século sóbria, justa e piedosamente (Tt 2.12). e a graça de Deus nos ensina que como o Senhor é a nossa porção, há suficiente nEle para satisfazer todos os desejos de nossa alma.

CAPÍTULO 23

    • Versículos 1-9                Leis contra a falsidade e a injustiça
    • Versículos 10-19             O ano de repouso – O repouso – As três festas
    • Versículos 20-33             Deus promete conduzir os israelitas a Canaã

Versículos 1-9

Na lei de Moisés há marcas muito claras de um sentir moral sólido e de uma verdadeira sabedoria política. Nela cada coisa é adequada para o objetivo desejado e confessado: a adoração de um só Deus e a separação de Israel do mundo pagão. Nenhuma das partes, amizades, testemunhas nem opiniões comuns devem mover-nos a minimizar as faltas graves, ou a agravar as pequenas, a escusar os ofensores, a acusar o inocente nem a tergiversar nada.

Versículos 10-19

A terra devia repousar a cada sete anos. Não devia ser arada nem semeada; devia comer-se o que a terra produzisse de si mesma, sem trabalhá-la. Esta lei parece ter a intenção de ensinar a dependência da Providência, e a fidelidade de Deus ao enviar maior provisão quando se guardam suas indicações. Também era um tipo do repouso celestial, quando cessem para sempre todos os sofrimentos, preocupações e interesses terrenos.
Proíbe-se estritamente todo respeito pelos deuses dos pagãos. Já que a idolatria era um pecado ao qual se inclinavam os israelitas, eles deviam eliminar toda lembrança dos deuses dos pagãos.
É pedida de forma estrita a presença enérgica solene ante Deus, no lugar que Ele escolher. Devem reunir-se na presença do Senhor. Que bom Amo ao qual servimos, que tem feito um dever que nos regozijemos em sua presença! Dediquemos com prazer ao serviço de Deus essa parte de nosso tempo que Ele nos pede, e contemos seus descansos e ordenanças como festas para a nossa alma. Não deviam apresentar-se com as mãos vazias; nossa alma deve encher-se com santos desejos e consagração a Ele, porque de tais sacrifícios se agrada Deus.

Versículos 20-33

Aqui se promete que eles serão guiados e resguardados em seu caminho pelo deserto à terra prometida. Eis aqui que eu envio meu Anjo diante de ti. O preceito unido com esta promessa é que sejam obedientes a este anjo que Deus envia diante deles. Cristo é o Anjo de Jeová; isto nos ensina claramente são Paulo (1 Co 10.9).

Devem ter um assentamento cômodo na terra de Canaã. Quão razoáveis são as condições desta promessa: que servam ao único Deus verdadeiro, não aos deuses das nações, que de modo nenhum são deuses. Quão ricos são os detalhes desta promessa! O consolo de seu alimento, a continuidade de sua saúde, o aumento de sua riqueza, a prolongação de suas vidas até uma idade avançada. Assim a piedade tem promessa desta vida presente. Se promete que eles subjugarão a seus inimigos. Nuvens de vespas abriram caminho às hostes de Israel; Deus pode usar ínfimas criaturas para castigar os inimigos de seu povo. com verdadeira bondade para a igreja, os inimigos são vencidos aos poucos; assim nos mantemos em guarda e em contínua dependência de Deus. As corrupções saem do coração do povo de Deus não de uma vez para sempre, senão aos poucos. O preceito desta promessa é que não devem ter amizade com os idólatras. Os que se mantêm fora dos caminhos perigosos devem evitar as más companhias. Perigoso é viver num bairro mau; os pecados dos vizinhos podem ser laço para nós. O perigo maior vem daqueles que nos fariam pecar contra Deus.

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